sábado, 7 de novembro de 2009

O DIREITO DE NÃO RESPEITAR O DIREITO DOS OUTROS

O DIREITO DE NÃO RESPEITAR O DIREITO DOS OUTROS
Suamy Lacerda
Professor de História

Existe algo errado com alguns escritores e leitores de textos produzidos e expostos nos periódicos eletrônicos, pois volta e meia nos defrontamos com verdadeiras batalhas, onde se usa munição de grosso calibre através do uso de adjetivos pejorativos, com intuito muito mais de agredir do que apresentar valores de cidadania que possam desenvolver reflexões ou propostas para mudanças de comportamentos no sentido de avanço no campo do bem comum que inclusive é o papel dos meios de comunicação.
A última confusão envolveu o Professor José Nazareno, figura muito conhecida no meio educacional e que inclusive por ironia do destino também é graduado em jornalismo. O mesmo como já tinha feito antes outras vezes, resolveu desenvolver suas “mal traçadas linhas” e detonar símbolos históricos da cidade de Porto Velho e até propôs uma comparação esdrúxula com órgãos de animais. O fato é que pessoas que acessaram o meio de comunicação e entre eles um “saudosista xiita” terminou por desencadear uma reação peçonhenta contra o professor. Na seqüência os aproveitadores de plantão, a “turma do quanto pior melhor”, aqueles que só lêem nos jornais as páginas policiais e horóscopo se encarregaram de jogar gasolina na fogueira.
Vamos ao Professor José Nazareno: esse tem uma folha de serviços prestados na área da educação tanto em escolas públicas como nas mantidas pela iniciativa privada. É responsável pela criação em parceria com outros reconhecidos professores de Porto Velho pelo Projeto Terceirão na Escola Pública, organizado e operacionalizado na EEEFMP João Bento da Costa e, que vale aqui salientar leva na bagagem a façanha de ter trabalhado na preparação à aprovação de mais de 500 alunos da escola acima citada à universidades públicas nos últimos sete anos; mais de 400 alunos estão hoje em cursos superiores nas instituições de ensino da rede privada via Pro Uni – “Programa Universidade Para Todos” nos últimos cinco anos entre outros. Entretanto isso não lhe dá o direito de sair por aí “jogando pedra na cruz” ou “defecar no tapete da sala da casa dos outros”, fazer de conta que não compreende o momento de desconforto trazido por obras federais, estaduais e municipais no campo do tratamento de água e estrutura urbana e que futuramente trarão bem estar social a população, agredindo simbolismos, valores e credos populares sob a vênia de desasnar alunos ou ajudá-los a desenvolver uma suposta criticidade.
Por outro lado o colunista que apresenta-se sob o pseudônimo de Zé Katraca (não se sabe por qual motivo não faz uso de seu próprio nome, talvez porque realmente goste de simbolismos), conhecido como o maior envolvido com folclore regional (espécie de cacique de terreiros de boi-bumbá), rebateu o artigo proposto pelo professor com uma ferocidade bitolada, descontrolou-se de tal maneira que chegou a aventar a possibilidade de punição ao professor acionando os canhões de sua coluna (produzida em retalhos)de forma virulenta, arrebanhando suposta “torcida pró província”, incauta, atabalhoada e da mesma forma que soldados vão à guerra e matam pessoas que nunca viram antes, nem possuem motivos para exterminá-los, o fazem em nome de uma suposta “honra a pátria”, de posse do slogan “eu sou daqui e exijo respeito”, disparou artilharia contra o professor.
Já passou o tempo de pessoas apresentarem-se como “donos do pedaço”, “minhocas”, fazendo uso da expressão “nasci aqui”, “estou aqui há décadas e tempo é patente” e outras afirmações do gênero, isso não significa deixar de orgulhar-se de ser filho de Rondônia ou cidadão rondoniense, mas, de qualquer forma, quem quiser apresentar-se como alguém que merece respeito no Estado de Rondônia, deverá ao invés de defender esse valoroso rincão brasileiro apenas “da boca para fora”, (muitas vezes em sua vida particular não cumpre seus deveres) pautar sua existência praticando ações de cidadania na plenitude da palavra, através do pagamento de impostos, contribuindo com a ordem pública (neste último item os envolvidos foram mal), não agredindo culturas, primeiro cumprindo deveres, depois exigindo direitos, enfim dando bons exemplos para que outros cidadãos realmente sintam-se orgulhosos de habitarem esse prazeroso e hospitaleiro ente federado.
Ao que parece essas figuras estão necessitando de entenderem que nosso Estado desde os primórdios de sua história, tem população constituída em maioria por respeitáveis migrantes que inclusive nos honram com suas colaborações, trabalho, expressões e valores culturais, em muito ajudaram e ainda ajudam na organização deste território geográfico situado no oeste brasileiro. Da mesma forma compete a quem não gosta da maneira como andam as coisas no estado, ao invés de ficar sacolejando o badalo do sino (a língua mais parece um badalo de sino), trabalhe para que as coisas melhorem e, se atualmente trabalha oito horas por dia e acha que o avanço está lento, mude sua carga horária para dezesseis horas diárias de trabalho, mexa-se, faça sua parte, pois na melhor das hipóteses não terá tempo para ruminar o mal e consequentemente vociferar bravatas desconexas.
Já tem alguém ventilando que os dois criadores de confusão, a fim de que possam melhor informar-se deveriam participar de debates públicos, comunicativos das novas obras (como ouvintes é lógico, após serem revistados por seguranças, a fim de que não se exterminem), sobre os problemas da cidade e do estado, até para que o que fez às críticas sem endereço e fundamento e o outro que ao invés de defender com argumentos técnicos, demonstrou desequilíbrio, conheçam e entendam melhor o momento de avanço por qual está passando este pedaço de Brasil, suas riquezas no campo da cultura, economia, sociedade, os novos caminhos e possibilidades, até porque ao contrário também tem gente achando que os dois estão precisando de uma grande trouxa de roupa para lavar (no braço, sem apoio da máquina de lavar), e isso até parece razoável.
Contudo, compete aos beligerantes e suas respectivas torcidas, mesmo respeitando-se seus direitos líquidos de manifestarem-se (e isso está sendo permitido, mesmo que eles não tenham se permitido respeitarem os direitos de outros), não escreverem seus artigos em momentos de amargura ou qualquer tipo de mal estar ou recalque, a fim de realmente possam exercer o direito de cidadania, ofertando seus serviços ao povo de forma positiva, para que esses serviços sejam entendidos como contribuição social. Contudo se optarem pelo contrário, muito cuidado, para que não caiam em descrédito popular, pois junto desse vem a desmoralização e aqui serve a máxima “muito ajuda quem não atrapalha”. Que permitam-se escrever textos que levantem a auto estima do nosso povo em seus valores e, quanto às criticas: que possam ser indutoras da reflexão saudável, equilibrada e verdadeira. (Amém).

8 comentários:

  1. Pensar sobe esses questionamentos é importante para significar como a identidade se constrói nas práticas escolares. Ou seja, observando atentamente as práticas escolares e refletindo sobre elas!!!
    Já não se via, a muito tempo esse saudosismo, regionalismo, nacionalismo... sei lá que nome dá a esse SENTIMENTO de defender a nossa terra quanto a PALAVRAS... PALAVRAS são palavras e as atitudes ficam onde?
    Não vejo ninguém defendo de peito aberto as reformas nas escolas que tanto o governo tem pregado na mídia.... não vejo nem um COMITÊ em prol da PUNIÇÃO dos corruptos da Assembleia...
    Onde está a sociedade pra pedir por uma gestão democratica nas escolas????????
    Acredito que os textos do prof. Naza,traz esse pensar!!!!!!! e vamos a "práxis"!!!!!!

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  2. ha.ha.ha...esse povo tem que ir lavar roupa suja no mesmo rio para ver se entendem-se,qm sabe assim eles entram num acordo....Gostei desse artigo,uma bela resposta às duas personalidades.

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  3. Joice Xpds disse...
    Na minha ingenuidade acredito que O Suamy é ingênuo...

    8 de Novembro de 2009 05:10

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  4. Joice Xpds disse...
    "fazer de conta que não compreende o momento de desconforto trazido por obras federais, estaduais e municipais no campo do tratamento de água e estrutura urbana e que futuramente trarão bem estar social a população,[...]"


    Isso me faz pensar que o Suamy fez de conta que não compreende a direção da pedra lançada do Nazareno...

    Profº Nazareno, também conhecido por "descascador de feridas", nem Freud explica...

    8 de Novembro de 2009 05:

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  5. Pelo menos este artigo conseguiu colocar os dois lados da questão,não apenas defendendo apenas um dos autores de tão grande polêmica,polêmica esta que chegou aos bares de nossa cidade,às escolas,aos órgãos públicos.De um lado - prof.Nazareno,conceituado no âmbito "ensino",de outro ,Silvio Santos - um defensor ferrenho da cultura,cultura esta não valorizada em nosso Estado como devia,pois bem ou mal,temos cultura e isso deve ser levado em conta.Os dois estão certíssimos,cada um a sua maneira pois se encararmos a realidade de frente,nesta cidade,embora em fase de crescimento,falta tudo:saúde um caos;educação,não se investe em qualidade;cultura são poucos os que ainda lutam para levar alguma coisa a população;infra-estrutura um caos ,ruas com a pouca chuva que tem dado já está um inferno fora do centro ainda mais com a bagunça generalizada que os trabalhos da caerd estão deixando;prefeito que só olha para uns cantos da cidade,zona sul por exemplo parece que não faz parte,porque por aqui só se vê asfalto nas ruas de cumpinchas do governo,portanto meus caros,prof.nazareno está corretíssimo em dizer o que diz:Silvio Santos está certíssimo em defender o que ainda resta em nossa cidade e o prof.Suamy está certíssimo qdo diz que devem escrever textos que levantem a auto estima do nosso povo em seus valores e, quanto às criticas: que possam ser indutoras da reflexão saudável, equilibrada e verdadeira.

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  6. Mais uma critica ao prof Naza sem meias palavras,pelo menos esse é imparcial pois ze katraca pgou pesado mas o que se diz professor também.então respeitar as opinioes é preciso e principalmente respeitar a população portovelhense.

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  7. Muito me admira uma escola como João Bento aceitar esse tipo de professor que se diz formador de opinião.Só se for opinião narcisista para sair comparando Porto Velho a gdes potâncias e a falos de jumento.verdadeiro absurdo" sem noção"...

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