- Professor Nazareno*
A recente crise econômica global ainda não deu sinais de acabar e o mundo é sacudido mais uma vez por uma nova e perigosa ameaça: a gripe suína. Originária do México, até agora ela já se alastrou por vários países em pelo menos três continentes. Espanha, Nova Zelândia, Escócia, Canadá e Estados Unidos já têm casos oficialmente registrados. No Brasil há vários casos sob suspeita e as autoridades mundiais estão sob constante alerta. O Governo Federal criou um gabinete para acompanhar a possível evolução da doença no país. Vários aeroportos estão sendo monitorados. A OMS, Organização Mundial da Saúde, da ONU, já alertou autoridades e sanitaristas do mundo inteiro para a possibilidade de uma pandemia. No âmbito local, será que já deslocaram equipes para o Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira de Oliveira?
Em Porto Velho, no entanto, o clima ainda é de tranqüilidade absoluta. Como muitos afirmam e podem até jurar que a crise econômica mundial não chegou por aqui, é bem possível que a “peste dos porcos” nem queira também aparecer entre os rondonienses. O prefeito Roberto Sobrinho nem se pronunciou sobre a estratégia da Prefeitura Municipal e da sua Secretaria de Saúde caso se admita a ‘remota possibilidade’ da epidemia ‘querer beber água do Madeira’. No cenário estadual, o governo de Ivo Cassol também não se pronunciou sobre o perigo iminente. Esta inexplicável tranqüilidade das nossas autoridades tem, certamente, alguma razão aparente: diante da anunciada catástrofe elas ainda dispõem de tempo para confrontar, na mídia, os péssimos números do atendimento (de um e de outro) na área da saúde.
O Hospital de Base Dr. Ari Pinheiro e o Pronto-Socorro João Paulo Segundo devem ser as estratégias apresentadas pelas nossas autoridades para enfrentar a possível crise. Referências nacionais em bom atendimento e também na cura e tratamento de várias patologias, estas duas unidades hospitalares contam com os serviços profissionais de médicos extremamente dedicados, competentes e preocupados com a saúde preventiva da população. Mesmo sendo o estado do país onde existe o menor percentual de médicos por habitantes, Rondônia ainda pode contar com uma excelente rede de Postos de Saúde dos municípios. Em Porto Velho, várias policlínicas: Ana Adelaide, Rafael Vaz e Silva, Alfredo Silva, etc. Na área particular, os planos de saúde (totalmente desnecessários devido à competência do Estado nesta área), poderão servir de auxilio complementar cedendo suas estruturas com tecnologia de ponta e acomodações de Primeiro Mundo.
Certamente a peste suína não vai chegar por aqui. Com água tratada e saneamento básico de fazer inveja a qualquer capital do país, uma infra-estrutura urbana digna das capitais européias, uma excelente rede de atendimento médico nas áreas pública e particular e um clima de “Alpes suíços”, a “cidade das hidrelétricas” está pronta para enfrentar qualquer adversidade. Não será ‘um resfriadozinho qualquer’ que vai nos tirar o sono. Mas nunca é demais lembrar que outra gripe, a Espanhola, há menos de um século, matou mais de 40 milhões de pessoas no mundo inteiro e ceifou a vida até do presidente do Brasil na época, Rodrigues Alves. E os nossos mandatários que se cuidem: com este ‘espírito de porco’, ainda assim, eles não estão imunes a nenhum tipo de doença, principalmente a chamada gripe suína.
*Leciona em Porto Velho (profnazareno@hotmail.com).
segunda-feira, 27 de abril de 2009
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