sábado, 14 de fevereiro de 2009

A ESCOLA QUE OFERTA A EDUCAÇÃO DOS SONHOS

Suamy V.Lacerda de Abreu1


Aquela onde estudantes conscientes de que necessitam estudar para vencer na vida deslocam-se sozinhos para a sala de aula sem que ninguém precise pressioná-los. Aquela onde os professores dirigem-se à sala de aula automaticamente na hora que o sinal toca, preenchem o diário perfeitamente seguindo a ementa e nem precisam de supervisão, também não fazem greve porque são apaixonados pela educação, sacerdotes compromissados com a causa. Não existem alunos pelos corredores e nem se pensa em evasão escolar como falam os Conselhos Tutelares. Evasão Interna é zero e a retenção é abaixo de 15% como deseja o MEC para justificar os recursos recebidos junto a UNESCO. Pois bem, essa escola não existe, e ela passou a ser vislumbrada apenas por pessoas que desconhecem a realidade da educação no Brasil, despreparados para sequer entender que a situação das escolas principalmente as públicas não dependem de seus gestores, nem de seus mantenedores sejam municipais ou estaduais e sim da necessidade de uma revisão urgente na legislação civil brasileira. Como pensar escola produtiva nos dias atuais com a existência dos valores legais que não correspondem a valores morais? Como continuar lutando com forças externas à escola como órgãos de justiça e empresas que repassam suas obrigações para os gestores escolares? Como fazer, pais entenderem que a escola é uma instituição formal e não um clube de passeio, espaço para namoro de seus filhos ou o depósito onde se deixam seres humanos para passar o dia ? Como conscientizar as familias que PROFESSOR é um título e que não se trata de babá de filho de ninguém? Como conversar com pais que querem filhos aprovados a qualquer custo não importando se os mesmos possuem os conhecimentos necessários à aprovação ou não? Se o estudante passa no vestibular é “superdotado”. Se não passa é “coitado”, e a causa do fracasso é o fato de ter estudado em “escola pública”. E ainda tem pais dizendo:”quero matricular meu filho numa escola boa”. Existe?Ainda hoje, grande número de pessoas não vêm na escola um espaço capaz de ajudá-los a absorver os conhecimentos necessários a suas sobrevivências e, ainda tem “imbeciotas” (fusão de imbecil + idiota) que afirmam estar atrás de certificados, como se o certificado respondesse uma prova de concurso vestibular. Somente o pseudo-professor não compreende que essa criança ou jovem que agora está a sua frente futuramente poderá ser seu médico, advogado ou até mesmo o facínora que vai assaltá-lo. A maioria dos políticos que hoje exercem mandatos foram “educados” por alguns professores que talvez não tenham levado seu trabalho a sério, quiçá seja essa a causa da situação chegar onde chegou. Enquanto a Lei de Gerson imperar neste país estaremos fadados a continuar convivendo com Escolas Públicas improdutivas onde, o aluno brinca de aprender (quer apenas passar de ano para satisfazer aos pais), os professores brincam de dar aulas, supervisores querem controlar a qualidade das aulas através dos diários de classe ora, isso é fracasso puro pois, quando um professor quer, encapa os diários com bordados e rosas, entra na sala de aula, preenche tudo como manda o figurino e vai jogar baralho com os alunos, e os bobos ainda afirmam, “- o tio fulano é legal, ele nem aperta a gente”. Qualquer idiota sabe que os alunos não aprendem nada com “professor bonzinho”, só aprendem com os estigmatizados como “ruins”, que fazem cobrança das tarefas propostas, enfim aqueles que apertam o parafuso até cuspir a rosca. Para que possamos sonhar com uma escola que produza, é necessário uma transformação na forma como se pensa e se faz educação. As escolas já estão sobrecarregadas com suas obrigações legais, não suportam mais receber pressões externas de órgãos que inclusive nada tem a ver com o seu funcionamento. Nos dias atuais, instituições criam projetos piratas e querem implantar nas escolas, afirmando tratar-se de interesse social, na realidade não possuem a formula nem para suas instituições, é a descoberta da América, o que incomoda é ser 516 anos após Colombo. Primeiro precisamos mudar enquanto sociedade se não quisermos ser vitimados pelo processo. Porém, tudo isso inicia na escola e por enquanto estamos longe de alcançar o modelo sonhado! Quem ler favor esquecer a ilha JBC. AMÉM.


1 Suamy V. Lacerda de Abreu - Professor de História - Diretor – J.B.C.

2 comentários:

  1. Parabéns para por várias conquistas do j.b.c ,de emgreçar o aluno na Univerdidade Federal de Rondônia(Unir).Porém devia ter um acompanhamento dos aulos desde os primeiros anos e segundos para que o aluno ja esteja focado e não deixar só para o terceirão....

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  2. Concordo com o Anônimo aí de cima, do que adianta o aluno só estudar para valer no Terceiro, eu mesmo como aluno estou vendo as dificuldades pois tem várias coisas que nem sequer vi no primeiro que estão fazendo muita falta agora! Mesmo assim Parabéns pelo projeto ! :*

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